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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Kátia Cilene - Compacto simples Caravelle (1969)

Single pela gravadora Caravelle foi lançado após a passagem da cantora pela CBS


No rastro da postagem anterior, o LP "As 13 da sorte", que contém uma faixa com a Kátia Cilene, segue aqui um compacto simples que a cantora gravou pelo selo Caravelle após pertencer ao cast da CBS. O obscuro single traz "Garoto champion", de Geraldo Nunes e Elias Soares, no lado A, e "Tão sozinha", uma versão de Rossini Pinto para "Cuore stanco", de Migliacci, Luisini e Pintucci, no B. A artista, natural de Garanhuns (PE), iniciou a carreira artística ainda criança em Recife. Aos 12 anos, recebeu o troféu de revelação mirim atriz-cantora da TV Jornal do Commercio, e gravou seu primeiro disco - um compacto simples pela gravadora Mocambo, contendo as músicas: "Ie ie ie do Seu Mané" e "Rei Pelé", ambas de autoria de Nelson Ferreira homenageando a seleção brasileira de futebol da Copa do Mundo de 1962.

Kátia foi garota-propaganda, participou de novelas, peças de teatro e foi detentora do prêmio de melhor cantora de Recife por anos seguidos. Em 1966, na efervecência da Jovem Guarda, Kátia chega ao Rio de Janeiro para assinar contrato com a gravadora CBS, onde em janeiro de 1967 lança seu primeiro sucesso "Meu bem só gosta de mim" (gravada posteriormente por Wanderléa). A partir daí sua carreira decolou, vieram outros sucessos como: "Brasa viva" (1967), "Bilhetinho apaixonado" (1968), "A manchinha no lenço" (1968) e "Eu não consigo" (1969), incluídas na famosa coletânea periódica da CBS "As 14 Mais", figurando entre os grandes nomes do cast como Roberto Carlos, Wanderléa, Jerry Adriani, Renato e Seus Blue Caps e outros.

Além de participar do filme "Jerry, a grande parada" em 1967, cantando a música "Eu e elezinho", foi presença constante no programa Jovem Guarda, da TV Record. Kátia gravou até 1972, quando encerrou sua carreira para casar-se, regressando apenas em 1986, ocasião em que gravou um LP Mix pela gravadora RGE, o que lhe rendeu credenciais para lançar em 1988 pela mesma RGE um LP com várias músicas de autoria de Michel Sullivan e Paulo Massadas. O disco ainda contou com a participação do saudoso Ed Wilson na faixa "Quero seu amor pra mim". Foi o seu último registro musical.

01 - Garoto champion (Geraldo Nunes e Elias Soares)
02 - Tão sozinha (Cuore stanco) - (Migliacci - Luisini - Pintucci - Rossini Pinto)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vários artistas - As 13 da sorte (1971)

Coletânea de 1971 apresenta raridades de Paulo Sérgio, Kátia Cilene, Arturzinho e outros

Esta postagem atende ao pedido do Aderaldo, lá da Comunidade MC&JG, onde o seleto amigo é um dos contribuintes mais ativos, com postagem de várias raridades musicais. Foi ele quem me forneceu as imagens da capa e contracapa do LP Disparo 70, já postado no blog. Finalmente, após baixar tantos discos do seu acervo, tenho a oportunidade de atender a uma solicitação dele, feita durante o meu período de férias. A presente coletânea foi lançada pela Caravelle em 1971 e chama a atenção pela presença no repertório do Agnaldo Timóteo e da Diana, na época artistas do cast da Odeon. Confira o repertório:

01 - Paulo Sérgio - Fantasmas do passado
..... (Alberto Luis)
02 - Katia Cilene e Jorge Claudius - Outro amanhecer
..... (Mário de Castro)
03 - Hélio Portinhal - Vou voltar para o meu primeiro amor
..... (D.Soares – J. Nunes – Nem)
04 - Painel de Controle - Por sua ausência
..... (Josias Manuel)
05 - Diana - Menti pra você
..... (Ana Maria)
06 - Agnaldo Timóteo - Sábado no morro
..... (Mário Russo – Sebastião Nunes)
07 - Arturzinho - Eu te amo tanto
..... (Mário Faissal)
08 - Fredson - Enxugue a lágrima
..... (Carlos Roberto)
09 - Blow-UP - My friend
….. (Regina Gastani – Roberto José)
10 - Fernando Moraes - Almas amigas
..... (Eduardo Gomes Filho)
11 - Marcos Moran - Onde eu nasci passa um rio
..... (Caetano Veloso)
12 - Paulo Sérgio - Só pense em mim
..... (Wilson Tavares)
13 - Ivan Trilha - Mensagem de positivismo
..... (Ivan Trilha)

FICHA TÉCNICA

Gravado no Estúdio Haway em stéreo de quatro canais
Técnicos de som: Dacy e Odilon
Arranjos e direção musical: Maestro Peruzzi
Faixas 1 A e 6 B: Produção de Paulo Sérgio
Faixa 6 A: Arranjo de Pereira dos Santos
Faixa 5 A: Arranjo Maestro Pachequinho
Capa: Arthur Baldissara


domingo, 27 de novembro de 2011

v.a. - III Festival da Música Popular Brasileira (1967)

Disco reúne cast da Chantecler interpretando as finalistas do III Festival de MPB

Você já imaginou Reginaldo Rossi interpretando Gilberto Gil? Pois este álbum, lançado em 1967 pela Chantecler, traz o pernambucano cantando "Domingo no parque", música que revelou Gil durante a realização, pela TV Record, do III Festival da Música Popular Brasileira em outubro de 1967 em São Paulo. Os anos 60 foram marcados pelos grandes festivais de MPB. Posso estar enganado, mas esta terceira edição foi, na minha opinião, a mais marcante entre todas, pois também revelou Caetano Veloso e Os Mutantes, e ainda contou com Roberto Carlos entre os intérpretes. Além disso, o evento foi palco da mais inusitada cena da MPB, protagonizada pelo cantor e compositor Sérgio Ricardo. Ele, inconformado e nervoso pela estrondosa vaia da plateia, interrompeu a música, ofendeu o público, quebrou o violão e o atirou no auditório. Hoje, ao ouvir "Beto bom de bola", a gente precisa admitir que as vaias foram injustas, pois a música de Sérgio Ricardo não é ruim.

Este terceiro festival, que consagrou "Ponteio" como a grande vitoriosa, conseguiu parar o Brasil e obteve recorde absoluto de audiência. As gravadoras, atentas ao interesse do público, não perderam tempo, e mesmo sem contar com os intérpretes originais do festival, recrutaram seu cast para regravar as músicas do certame. Foi neste contexto que a Chantecler lançou este disco que passou despercebido do grande público. Engana-se, porém, quem pensa que se trata apenas de uma produção caça-níqueis, feita sem o devido cuidado. A gravadora escalou quatro arranjadores - talvez pela pressa para colocá-lo no mercado - na produção, entre eles o maestro Damiano Cozzella, que se notabilizou pelo arranjo e direção musical do emblemático disco psicodélico de Ronnie Von - aquele de 1969 que traz "Silvia: 20 horas, domingo" no repertório.

Alguns intérpretes no disco são desconhecidos do grande público, mas não fazem feio diante das gravações originais, como Mariana Porto de Aragão na belíssima "Bom dia", Maria Helena e Marcelo Duran em "A estrada e o violeiro", e a hoje veterana Nalva Aguiar em "O cantador", música que deu a Elis Regina o prêmio de melhor intérprete do festival. Reginaldo Rossi, em início de carreira, merece destaque, assim como Roberto Barreiros na regravação de "Maria, carnaval e cinzas", defendida originalmente por Roberto Carlos. Enfim, é um disco que merece ser ouvido na íntegra. Confira:

01 - Joelma e Carlos Cezar - Ponteio
..... (Edu Lobo - Capinam)
02 - Mariana Porto de Aragão - Bom dia
..... (Nana Caymmi - Gilberto Gil)
03 - José Augusto - Roda viva
..... (Chico Buarque de Hollanda)
04 - Maria Helena e Marcelo Duran - A estrada e o violeiro
..... (Sidney Miller)
05 - Nalva Aguiar - O cantador
..... (Dori Caymmi - Edson Motta)
06 - Simoney - Samba de Maria
..... (Francis Hime - Vinicius de Moraes)
07 - Rosa Miyake - Uma dúzia de rosas
..... (Carlos Imperial)
08 - Reginaldo Rossi - Domingo no parque
..... (Gilberto Gil)
09 - Toni Ricardo - Alegria, alegria
..... (Caetano Veloso)
10 - Edmundo Damatta - De como um homem perdeu o seu cavalo e continuou andando
..... (Geraldo Vandré - Hilton Accioly)
11 - José Augusto - Gabriela
..... (Maranhão)
12 - Roberto Barreiros - Maria, carnaval e cinzas
..... (Luiz Carlos Paraná)
13 - Marcelo Duran - Beto bom de bola
..... (Sérgio Ricardo)
14 - Giane - Volta amanhã
..... (Fernando César - Maria Brito)

ARRANJADORES:

Jacques Sandi (faixas 2, 4, 7, 8, 12, 13 e 14)
Damiano Cozzella (faixas 1,3 e 9)
Willy Join (faixas 10 e 11)
Edmundo Côrtes (faixas 5 e 6)

REGÊNCIA MUSICAL:

Jacques Sandi

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Ed Carlos - Dá um tempo (1985)

Ed Carlos, afastado da vida artística, iniciou carreira pelas mãos de Roberto Carlos

Esta postagem é feita para lembrar aos amigos que no próximo sábado, 3 de dezembro, à partir das 12h00, será lançada a segunda edição do livro “Rock Brasileiro – 1955 – 1965”, do Albert Pavão, no Restaurante Ed Carnes, de propriedade do cantor Ed Carlos. O estabelecimento fica na Rua Teodoreto Souto, 292, no Bairro do Cambuci, em São Paulo. Torço para que os amigos possam comparecer porque a obra certamente interessará aos apaixonados pelo rock brasileiro. O livro, como o título revela, disseca os primeiros 10 anos do rock no Brasil. Vale a pena, não?

Vamos à postagem. Tudo indica que este compacto, lançado em 1985 pelo selo Soundint, é último disco gravado por Ed Carlos, nascido Oscar Teixeira em 3 de fevereiro de 1952, em Santo André (SP). Meu conterrâneo - sim, eu também sou de Santo André - iniciou a carreira ainda adolescente, em 1967. Comenta-se que, na efervescência do programa Jovem Guarda, o garoto era presença constante nos bastidores da TV Record e travou amizade com alguns artistas, entre os quais o rei Roberto Carlos, que o apadrinhou para gravar seu primeiro disco, um compacto simples lançado pela Fermata com as músicas "Belinha", de Toquinho e Vitor Martins, e "Edifício de carinho", de Roberto Carlos e Tom Gomes, conquistando rapidamente as paradas de sucesso. O maior êxito viria no ano seguinte com outro single: "Estou Feliz", versão de Lilian Knapp para "Puppet On A String" e "Namoro de bonecos", de João Carlos e Newton, canções incluídas em seu primeiro LP.

Com o sucesso alcançado, Ed Carlos logo foi convidado pela TV Bandeirantes para apresentar o programa Mini-Guarda, que permaneceu mais de um ano no ar. Pela atração, passaram Pepeu Gomes (na época integrante do grupo Os Minos), Fábio Jr e Enza Flori, entre outros. Ao longo da carreira, que inclui a curiosa gravação de Amante Latino (sucesso de Sidney Magal), também se destaca o sucesso "Roberto, meu amigão", uma homenagem ao padrinho artístico. A carreira começou a se esvaziar nos anos 80 e hoje o cantor é proprietário da churrascaria onde será lançado o livro do Albert Pavão. Confira as músicas do single:

01 - Dá um tempo (Ed Carlos - Marinho)
02 - Papo amigo (Anires Marcos - Luis Vagner - Franco)

Ficha técnica

Direção artística: Ringo Moon
Direção produção: Anires Marcos - Carlos Nabar
Arranjos: Carlos Nabar - Anires Marcos
Côro: Regina - Marcinha - Bartira

Músicos:

Baixo: Carlos Nabar
Bateria: Abreu - DMX - Oberheim
Guitarra: Paulinho "Demolidor"
Ovation: Anires Marcos
Piano Yamaha- DX-7: Miguel Briamonte

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

v.a. - O que é bom é para sempre (1988)

Disco de 1988 reúne sucessos do passado lançados originalmente pelo selo Continental

Eis um disco que não planejava postar. No entanto, um amigo pediu para que eu ripar o álbum - especialmente pela música "O canguru", do Dori Edson - e gravá-lo num CD, achei que não faria mal algum em disponibilizá-lo no blog. Afinal, todo o trabalho está pronto e, quem sabe, pode interessar aos amigos. O LP, lançado pela Phonodisc, traz sucessos nacionais do passado do acervo da Continental. Confira:

01 - Francisco Petrônio - Sempre no meu coração (Always in my heart)
(Ernesto Lecuona - Mário Mendes)

02 - Claudio Roberto - Meu coração que te amava tanto (Avevo uncuore che ti amava tanto)
(A. Salermo - Franco - Mino Reitano - Vs. Antonio Marcos)

03 - The Jet Black's- Wonderful land (Mundo maravilhoso)
(Lordan)

04 - Edson Conceição - Junior
(Edson - Aluisio)

05 - Roberto Barreiros - Eu gostava muito de você, sabe?
(Roberto Barreiros - Antonio Queiroz)

06 - Moacir Franco - Você é tudo (Tu sei cosi)
(D'Andréa - F. Bongusto - Vs. Nazareno de Brito)

07 - Wilson Miranda - O homem de Nazareth
(Cláudio Fontana)

08 - Os Vips - Faça alguma coisa pelo nosso amor
(Roberto Carlos)

09 - Os Incríveis - O milionário (The millionaire)
(Mike Maxfield)

10 - Pedro Wilson - Rosas vermelhas para uma dama triste (The red roses for a blue lady)
(Sid Tepper - Roy Brodszky - Vs. Juvenal Fernandes)

11 - José Orlando - O diário (The diary)
(NeilSedaka - Howard Greenfield - Vs. J.Landes)

12 - Dori Edson - O canguru
(Marcos Roberto - Dori Edson)

FICHA TÉCNICA

Produtor Fonográfico: Gravações Elétricas S/A
Direção artística: Waldyr Santos
Supervisão deCorte: Milton Araújo
Supervisão de edição: Paulo Ferreira
Técnico de editagem:Edson Marques
Direção de arte: Toshio H. Yamasaki
Arte-Final: Luiz Cordeiro/Antonio Deliperi

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Reginaldo Rossi (com The Jet Black's) - O Quente

Single lançado em 1968 pela Chantecler traz a rara versão alternativa da música "O pão"

Esta postagem é um atendimento ao pedido do internauta que assina como "eumesmo". Trata-se do compacto duplo do Reginaldo Rossi intitulado "O quente", lançado pela Chantecler em 1968 com acompanhamento da banda The Jet Black's. Não tenho o disco, mas consegui as canções graças ao amigo Bruno que o postou na Comunidade MC&JG, a quem agradeço imensamente. O link para download é o mesmo disponível para os membros da comunidade, razão pela qual sugiro aos amigos para baixar o disco enquanto é possível. O destaque do single é a versão alternativa da música "O pão", sucesso de 1966 do cantor pernambucano, também gravada por Sérgio Murillo e Enza Flori. Eu, em particular, gostei mais dessa rara versão alternativa do que a original. Confira:

01 - Pára de chorar (Reginaldo Rossi)

02 - Ontem e hoje (Reginaldo Rossi)

03 - O pão (Reginaldo Rossi - Namir Cury - Orácio Faustino)

04 - O valentão (Reginaldo Rossi)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Vários artistas - Disparo 70 (1969)

Parte do repertório é composta por canções lançadas apenas neste LP produzido pela RCA

Este disco, lançado em 1969 pela RCA Victor, tem uma história interessante. Cheguei a comprá-lo na época, mas acabei dando a um amigo, fã da Vanusa, após muita insistência, uma vez que a música interpretada pela cantora só foi incluída neste raro álbum. O mesmo acontece com outras canções do LP, como "Aquarela do Brasil", com Os Incríveis, e "Não se preocupe", regravação de Waldirene (hoje Waldireni) para a música originalmente gravada por Demétrius. O fato é que, anos depois, o meu amigo mudou de cidade e nunca mais o vi. Desde então, passei a procurar pelo disco, até que finalmente o encontrei num sebo por um preço vantajoso, mas sem a devida capa.

Há muito tempo pretendia postá-lo no blog, já que se trata de uma raridade, mas só o faria se conseguisse as imagens da capa. Agora, finalmente, posso postá-lo, graças ao amigo Aderaldo, lá da comunidade MC&JG, que tem o disco e gentilmente me forneceu as tão desejadas fotos. O meu sincero agradecimento a ele. O álbum traz pelo menos três curiosidades: a primeira é Barros de Alencar interpretando "Você está sozinha esta noite", uma versão do clássico "Are you lonesome tonight", sucesso de Elvis Presley. A segunda é a cantora Elizabeth Vianna na regravação de "O sonho", música concorrente do III Festival Internacional da Canção (III FIC), realizado pela TV Globo em 1968, e que revelou o compositor e músico Egberto Gismonti. Finalmente, a terceira, é o grupo Os Originais do Samba cantando "Menina linda", versão que fez sucesso no Brasil com Renato e seus Blue Caps de "I should have known better", dos Beatles.

Confira o repertório:

01 - Antonio Marcos - Todo o amor do mundo
02 - Vanusa - A tristeza terminou
03 - Nilton Cesar - Num sorriso teu
04 - Barros de Alencar - Você está sozinha esta noite (Are you lonesome tonight)
05 - Os Originais do Samba - Menina linda (I should have known better)
06 - Cleide Alves - Devagar, quase parando
07 - Os Caçulas - Não vou deixar meu canto morrer
08 - Os Incríveis - Aquarela do Brasil
09 - Martinho da Vila - Fim de reinado
10 - Waldirene - Não se preocupe
11 - Fábio - Ana Luisa
12 - Elizabeth Viana - O sonho
13 - Luiz Ayrão - Sozinho na multidão
14 - Os Populares - Mah-na mah-na

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Albert Pavão lança 2ª edição do livro sobre rock


Recebi este convite, elaborado pelo RStone, do amigo Recruta, a quem agradeço, e achei que deveria compartilhá-lo com você, que tem interesse em aprofundar seu conhecimento sobre os 10 primeiros anos do rock brasileiro. Trata-se do lançamento da segunda edição, ampliada e atualizada do livro “Rock brasileiro – 1955/1965", no próximo dia 3 de dezembro no Restaurante Ed Carnes, do cantor Ed Carlos, em São Paulo. Quem puder, apareça por lá, porque o programa é imperdível. O autor do livro é o cantor e compositor Albert Pavão, um dos pioneiros do rock nacional, ao lado da irmã, a saudosa Meire Pavão. Na primeira edição, o autor apresenta suas explicações sobre a obra:

“Este livro focaliza a música jovem feita no Brasil no período 1955/65 e está dividido em 3 partes: trajetória, personagens e discografia do rock brasileiro. Inicialmente é abordado o surgimento do rock and roll nos Estados Unidos, no começo dos anos 50, sua chegada ao Brasil, os primeiros roqueiros brasileiros, até se chegar ao ano de 1965, quando o programa de TV Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, consagra o rock patrício como campeão de popularidade. Em seguida, são apresentados os principais protagonistas da história do rock tupiniquim, dos pioneiros até a turma do “lê, iê, iê”. Finalmente, uma discografia bastante abrangente, que foi elaborada com a participação dos principais colecionadores de discos de rock do Rio de Janeiro e que registra cerca de 400 intérpretes que gravaram rock, correspondendo a mais de 5.000 gravações.

O principal objetivo deste trabalho é o de resgatar fatos e nomes desse período pouco estudado pelos críticos musicais e historiadores de rock, mas que foi sumamente importante por gerar o movimento Jovem Guarda e, em consequência, colaborar para a mudança que se verificou na música popular brasileira, através da adoção de instrumentos elétricos e eletrônicos - anteriormente predominantes nos grupos de rock - e da disseminação de um estilo mais pop, calcado especialmente em baladas. (...)

Para finalizar, cabe ressaltar que a principal fonte utilizada para escrever este livro foi o acervo do projeto “Memória do Rock Brasileiro”, existente no Museu da Imagem e do Som de São Pauto (MIS-SP). que foi coordenado por mim, nos anos de 1984 e 1985, e que se constitui num conjunto de depoimentos gravados com mais de 50 figuras ligadas ao rock dos anos 50 e 60. Busquei ainda o auxílio de publicações especializadas, sem falar, certamente, da minha própria experiência pessoal, vivenciada a partir de 1960 nos programas de rádio e TV de São Paulo, como cantor e compositor.”

SERVIÇO:

Lançamento do livro “Rock Brasileiro – 1955 – 1965”
Dia 03 de dezembro de 2011 (Sábado)
Local: Restaurante Ed Carnes
Endereço: Rua Teodoreto Souto, 292 - Cambuci - SP

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sylvinho Blau Blau (Absyntho) - 1991

LP de 1991 do ex-vocalista do Absyntho traz regravações de Demétrius e Carlos Gonzaga

A julgar pela demanda da Antologia do Absyntho, há várias semanas entre as mais populares do blog, achei que seria interessante postar o LP do Sylvinho, ex-vocalista da banda, gravado pela RGE em 1991 sob a marca da Xuxa Discos. O álbum, com 11 faixas, traz quatro gravações originais do Absyntho e sete novas, duas das quais regravações de clássicos do pioneirismo do rock brasileiro, quando era comum registrar versões de hits internacionais: “O ritmo da chuva”, sucesso de Demétrius, e “Oh Carol”, êxito na voz de Carlos Gonzaga. A postagem traz quatro faixas bônus que baixei na web: “Meu ursinho blau blau (ao vivo)”,"Fazendo romance" e as demos “Mestre Jonas” e “Tudo ou nada”.

O cantor começou sua carreira integrando a banda Absyntho. Ficou famoso com a música Meu Ursinho blau-blau e participou de uma série de programas de televisão e rádio. Outras canções, como Só a lua e Lobo, também estouraram nas paradas de sucesso. Teve um disco com participação de Lulu Santos (baixe aqui) e chegou a fazer apresentações em outros países. Contudo, depois que a banda foi desfeita, em 1987, Sylvinho não emplacou na carreira solo. A partir de então montou uma agência de publicidade.

Depois, segundo o Wikipedia, enfrentou problemas com drogas, e entrou em 1998 para a Igreja Pentecostal Nova Vida. Em 1999, voltou à ativa gravando o CD "Animal Faminto", época em que também decidiu posar nu na revista Íntima e Pessoal. A igreja não se opôs quando decidiu posar nu. Criado em Copacabana, Sylvinho tem dois filhos, frutos de seu enlace com Ana Paula Pereira, uma jornalista e ex-Rainha do Carnaval Carioca, Maria Luiza e Antonio Luiz. O cantor está na ativa, adicionou o "Blau Blau" no sobrenome e faz shows por todo o País.

Confira o repertório:

01 – Secretária eletrônica
02 – O ritmo da chuva (Rhythm of the rain)
03 – Eu gosto de fazer o que ela gosta
04 – Meu ursinho blau blau (Absyntho)
05 – Oh Carol
06 – Pijama de bolinha
07 – Meu broto
08 – Só a lua (Absyntho)
09 – Minha gata mia
10 – Lobo (Absyntho)
11 – Medo feroz (Absyntho)

BÔNUS

12 – Fazendo romance (Absyntho)
13 – Mestre Jonas (demo)
14 – Tudo ou nada (demo)
15 – Meu ursinho blau blau (ao vivo)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Paulo Sérgio - Antologia

Coletânea traz a rara música "Só pense em mim", gravada por Paulo Sérgio em 1971

Enfim, o retorno à rotina em pleno Dia de Finados. No noticiário, uma enxurrada de informações sobre a movimentação da população nos cemitérios. O jazigo do cantor Paulo Sérgio é um dos mais visitados do cemitério do Caju, onde também estão os de Emilinha Borba, Tim Maia e do autor de livros espíritas Bezerra de Menezes.

Lembrei-me da música “Só pense em mim”, que Paulo Sérgio gravou para o disco “As treze de sorte”, uma coletânea de 1971 com vários artistas da gravadora Caravelle. Trata-se de raro registro que não encontrei na discografia do cantor, a não ser a "Pense em mim", do álbum de 1974. Foi por ver os seus fãs pela TV que decidi montar esta antologia, incluindo a rara "Só pense em mim" em homenagem a eles. Posso estar enganado, mas acredito que muitos ainda desconhecem a existência desta música.

O repertório da coletânea envolve três fontes: o LP “Me ajude a morrer”, de 1980, que reúne canções lançadas em singles; dois compactos duplos de 1968 disponibilizados no excelente “Momentos mágicos”, e a música “De nuestro amor”, que o amigo Badfinger postou na comunidade MC & JG, a quem agradeço, além de “C'è sempre una speranza”, interpretação em italiano incluída no LP Volume 7, que o cantor lançou no Brasil em 1973. Hoje, neste retorno ao blog, e devido ao avançado da hora, serei rápido na postagem:

01 - Lagartinha
02 - Você Não É Como Eu Quis
03 - Eu Não Sou O Que Você Está Pensando
04 - Vou Pedir Outra Vez
05 - Não Preciso Mais De Você
06 - Sai De Mim
07 - Minha Madrinha
08 - Feirante Atrapalhado
09 - Exaltação a Ataulfo Alves
10 - Fiz Um Mundo Pra Nós Dois
11 - Benzinho
12 - Só Pense em Mim
13 - Não Queria Sentir Pena De Você
14 - Tudo Isso Me Faz Lembrar Que O Amor Morreu
15 - Eu Bem Sabia
16 - Fantasmas Do Passado
17 - Um Amor Nascendo e Outro Morrendo
18 - Por Favor Me Ajude A Morrer
19 - Natal Sem Você
20 - C'è Sempre Una Speranza (Ainda resta uma esperança)
21 - Me Gusta Mucho De Ti (Gosto muito de você)
22 - Cuando El Recuerdo De Ti (Quando a saudade apertar)
23 - De Nuestro Amor (Do nosso amor)
24 - El Día Que Partí (O dia em que parti)
25 - La Ultima Canción (A última canção)