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sábado, 31 de março de 2012

Bubby - Canção para um ser só (CS - 1974)

Bubby conta com a participação especial de Dom na música "O mundo é você" no lado B

Este disco, com capa ilustrativa criada para o blog, complementa a postagem feita em 11 de julho do ano passado. Na ocasião, postei dois compactos da cantora Bubby, um de 1967 e outro de 1968. No post, inclui como bônus a música "Canção para um ser só", que baixei na rede como sendo de 1969. Agora, com o compacto em mãos, posso assegurar que o disco é de 1974, e traz no lado B a música "O mundo é você", de Dom, da dupla Dom e Ravel. O legal é que, apesar de o disco não dar o crédito, o próprio Dom tem participação especial no final da música. Sua voz é inconfundível. Confira:

01 - Canção para um ser só (Tokiniwa haha no naiko no yohni)
..... (Terayama - Tanaka - vs: Bubby)
02 - O mundo é você - part. especial: Dom
..... (Dom)

sexta-feira, 30 de março de 2012

Fábio - O que é que estou fazendo aqui (CS 1970)

Compacto simples foi lançado pela RCA Victor em 1970 após o sucesso da música Stella

Hoje serei "vapt e vupt" no post. Este compacto simples do Fábio, lançado em 1970 pela RCA Victor, é para quem baixou os álbuns do cantor e compositor postados no blog. O destaque é o lado B, "Não deixo não", lançado apenas neste single, e não incluído na antologia. A foto da capa acima é apenas ilustrativa. Confira:

01 - O que é que eu estou fazendo aqui
..... (Fábio - Paulo Imperial)
02 - Não deixo não
..... (Fábio - Paulo Imperial)

quinta-feira, 29 de março de 2012

Ademilde Fonseca - 20 sucessos selecionados

Coletânea reúne faixas remasterizadas do selo Todamérica, gravadas entre 1950 e 1955

Decidi estender minha homenagem a Ademilde Fonseca com mais este post. Afinal, não é qualquer uma que comemora 70 anos de carreira, e se despede do público aos 91 com alegria e vitalidade num "sarau" na Globo News, gravado na véspera do falecimento, conforme mostra a foto ao lado.
Este CD foi lançado em 2000 e reúne gravações realizadas pela cantora no selo Todamérica entre 1950 e 1955. Foi período muito produtivo da cantora, já consagrada na época, com clássicos como "Delicado", Galo garnizé", "Pedacinhos do céu", "Doce melodia", e outros. Sua carreira foi iniciada em 1942, quando numa festa ao lado de Benedito Lacerda "ousou" cantar um chorinho, ritmo até então só instrumentado. Ademilde foi em frente e deu seu recado cantando inteirinho o "Tico-tico no fubá" para surpresa de todos os presentes. Desde aquela data, os compositores começaram a letrar seus choros e vários cantores passaram a interpretá-los. Porém, só Ademilde conseguiu o que até lhe valeu o título de Rainha do choro: uma interpretação sui generis, inimitável, em acompanhar a velocidade de ritmo de um chorinho. Realmente fantástica. Confira:

01 - Delicado
..... (Ary Vieira - Waldir Azevedo)
02 - Arrasta-pé
..... (Rafael de Carvalho)
03 - Galo garnizé
..... (Antonio Almeida - Luiz Gonzaga - Miguel Lima)
04 - Pedacinhos do céu
..... (Waldir Azevedo - Miguel Lima)
05 - Baião em Cuba
..... (Pedroca - Miguel Lima)
06 - Doce melodia
..... (Abel Ferreira - Luis antonio)
07 - Vaidoso
..... (Juracy Rago - Poly)
08 - Molengo
..... (Aldo Cabral - Severino Araújo)
09 - Meu cariri
..... (RosilCavalcanti - Dilu Mello)
10 - Papel queimado
..... (Raymundo Olavo - João Orsi Cândido)
11 - Sapatinhos
..... (Dilu Mello)
12 - Pinicadinho
..... (Jararaca - Ratinho)
13 - Derrubando violões
..... (Carioca)
14 - Rio antigo
..... (Altamiro Carrilho)
15 - Saliente
..... (Armando Nunes - Altamiro Carrilho)
16 - Saudades do Rio
..... (Bruno Marnet - Clicio Duarte)
17 - Não acredito
..... (Alberto Ribeiro)
18 - Meu senhor
..... (Oldemar Magalhães)
19 - Sentenciado
..... (Orlando Leite - Estanislau Silva)
20 - Se amar é bom
..... (J.M.de Abreu - Antonio Domingues)

quarta-feira, 28 de março de 2012

Ademilde Fonseca - Antologia da rainha do chorinho

Ademilde Fonseca é apontada como a artista responsável pela criação do choro cantado

A cultura brasileira ainda nem se recuperou da morte do Chico Anísio na última sexta-feira, 23 de março, e contabilizou na noite de ontem, 27 de março, mais duas baixas, ambas em Ipanema, na zona sul do Rio: a do escritor carioca Millôr Fernandes, às 21h00, e da cantora Ademilde Fonseca, a rainha do chorinho, às 23h00. Millôr teve falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca. Tinha dois filhos e um neto. De acordo com sua certidão, Millôr nasceu no dia 27 de maio de 1924, embora ele dissesse que a data correta era 16 de agosto do ano anterior. Ademilde, aos 91 anos, sofreu um mal súbito em casa, e sua morte surpreendeu a família. No último fim de semana, fez shows em Porto Alegre e, na véspera de sua morte, gravou dois programas para a Globo News.

Apesar da brilhante carreira, Ademilde não tinha o prestígio que sua obra merece. Acho que muita gente nem a conhece. Uma das relíquias que tenho herdada dos meus pais é um disco dela de 78 RPM: "Tico-tico no fubá", de um lado, e "Voltei pro morro", do outro. Foi o primeiro disco da Ademilde, lançado em 1942 e comprado pelo meu pai - na época solteiro e com 20 anos. Por conta deste disco, que acompanhou a "mobília" do meu pai após o casamento, posso dizer que Ademilde está presente na minha vida desde quando me conheço por gente. Adoro ouvir "Tico-tico no fubá" até hoje.

Ademilde nasceu em Pirituba, no município de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Ela é considerada a criadora do choro cantado e também foi a primeira cantora nordestina a encantar o país com esse gênero. Fez muito sucesso na época de ouro do rádio. Trabalhou por mais de dez anos na extinta TV Tupi e gravou vários discos de 78 RPM nos anos 1940 e 1950, além de compactos e LPs a partir dos anos 1960. Ademilde deixa uma filha, a também cantora Eimar Fonseca, três netas e quatro bisnetos, e um espaço difícil de ser preenchido na MPB.

Decidi homenageá-la com esta coletânea. A foto que ilustra a capa e contracapa é de Jefferson Dias, um dos participantes da exposição fotográfica Pioneiras, que focaliza 13 artistas de diferentes gêneros musicais que foram pioneiras em assumir o palco como meio de expressão pessoal e artística entre os anos 1940 e início dos anos 1960. Ademilde Fonseca - na foto abaixo - é uma delas. Vale a pena conferir o site da exposição e ler o texto do fotógrafo, no qual relata sobre a impressão que a cantora lhe causou durante o ensaio.
Quanto ao repertório desta antologia, o destaque é a faixa bônus "Naquela mesa", gravada ao vivo no programa Época de Ouro, da Rádio Nacional do Rio, no dia 7 de outubro do ano passado. Ela apareceu na emissora para assistir a apresentação da amiga e cantora japonesa Yoshimi Katayama, que aprendeu português para cantar chorinho, e era uma das convidadas do programa. A plateia e a produção do programa foram surpreendidas com a presença da Ademilde no estúdio e pediram uma canja. Ela, com mais de 90 anos e espírito de garota, não perdeu a deixa ao ser apresentada ao ouvinte como "a rainha do choro", e riu de si mesma: "Hoje eu sou a rainha do pigarro". Ela não sabia, mas ao escolher "Naquela mesa", de Sérgio Bittencourt, para cantar, Ademilde se despediu antecipadamente do público, transformando-se agora no lugar vazio da mesa que gera dor e saudade, com diz a música. A apresentação, sem ensaio, e com acompanhamento do grupo Época de Ouro, talvez tenha sido o último registro da Ademilde no palco de uma emissora de rádio, onde um dia reinou absoluta. Confira:

01 - 1975 - Tico tico no fubá - Dinorah
02 - 1979 - Bate e rebate
03 - 1985 - Adeus batucada
04 - 1975 - Choro chorão
05 - 1975 - Brasileirinho
06 - 1985 - Camisa listrada
07 - 1975 - Meu sonho
08 - 1985 - Delicado (com Baby Consuelo)
09 - 1977 - Teco Teco
10 - 1975 - O que vier eu traço
11 - 1975 - Amor sem preconceito
12 - 1985 - Cinema mudo
13 - 1975 - Titulos de nobreza (Ademilde no Choro)
14 - 1975 - Lamento
15 - 1977 - Paraquedista - Urubu malandro
16 - 1975 - Doce melodia
17 - 1975 - Choro do adeus
18 - 1975 - Coração trapaceiro
19 - 2001 - Galo garnizé
20 - 1992 - Rio de Janeiro
21 - 1997 - Dono de ninguém
22 - 2001 - Camundongo
23 - 2001 - Galo garnize - Urubu Malandro
24 - 2002 - Deixa a lua sossegada
25 - 2008 - Fala baixinho (com Yoshimi Katayama)
26 - 2011 - BÔNUS - Naquela mesa (ao vivo na Rádio Nacional - 07/10/2011)

terça-feira, 27 de março de 2012

Erasmo Carlos - O impossível (CD promo 2001)

Música de Kiko Zambianchi foi incluída na trilha da novela global "Porto dos Milagres"

Finalmente encontrei algo do Erasmo Carlos pra postar. E essa vai para os colecionadores dos discos do Erasmo. Trata-se do CD de divulgação da música "O impossível", de Kiko Zambianchi, incluída em 2001 na trilha da novela "Porto dos milagres", da Rede Globo. Gostei mais da foto da capa deste CD promocional do que a usada no álbum "Pra falar de amor", de onde foi extraída a música para a novela. As imagens acima são meramente ilustrativas. As originais da capa, contracapa e selo estão na pasta com o áudio. Confira

01 - O impossível
..... (Kiko Zambianchi)

Produzido por Marcelo Sussekind
Direção artística - Jo]ao Augusto

segunda-feira, 26 de março de 2012

Hélio Justo canta os seus grandes sucessos

Roberto Carlos gravou várias composições de Hélio Justo ao longo dos anos 1960

Hélio Justo é um autor que pode se sentir privilegiado por ter músicas gravadas por Roberto Carlos. Sucessos como "Custe o que custar", "Onde anda o meu amor", "Ninguém vai tirar você de mim", "Triste e abandonado" e "Baby meu bem" levam a sua assinatura, sempre acompanhada por um parceiro. O autor, acredito, todos conhecem, mas e o intérprete? Você conhece? A única referência que tinha sobre o cantor era por meio do samba rock "Isto já é demais", provavelmente gravado nos anos 70, que achava legal. Assim, ao ver este CD a venda por preço promocional, não pensei duas vezes em comprá-lo. Afinal, é o autor colocando sua voz em canções que conhecemos por outros intépretes. Ouvi e... bem, deixo o espaço aberto pra você colocar sua opinião.

01 - Tu e eu
..... (Helio Justo - Erly Muniz)
02 - A verdade sempre aparece
..... (Helio Justo - Edson Ribeiro)
03 - Preciso esquecer que te amo
..... (Helio Justo - Edson Ribeiro)
04 - Custe o que custar
..... (Helio Justo - Edson Ribeiro)
05 - Onde anda o meu amor
..... (Helio Justo - Erly Muniz)
06 - Ninguém vai tirar você de mim
..... (Helio Justo - Edson Ribeiro)
07 - Igual a ti não há ninguém (Come te non c'e nessuno)
..... (F. Migliacci - F.Polito - O.Vassalo - vs: Helio Justo)
08 - Baby meu bem
..... (Helio Justo - Tito Santos)
09 - Fraternidade
..... (Helio Justo - Miranda Peixoto)
10 - Triste e abandonado
..... (Helio Justo - Erly Muniz)
11 - Saudade faz parte da minha vida
..... (Helio Justo - Fernando Sanxo)
12 - Só Jesus
..... (Helio Justo - Nelson Martinelli)
13 - Amor e ternura
..... (Helio Justo - Dayse Justo)
14 - Somente uma saudade
..... (Helio Justo - Dayse Justo)

FICHA TÉCNICA

Diretor artístico: Nelson Martinelli
Estúdio de gravação: Uptown
Produção: Kleber Mattos
Técnico de som: Sandro Rozzo Valente
Músicos participantes
Teclado - Clarice Kamiliot
Bateria - Adilson Wernec
Violão, guitarra e contrabaixo - Kleber Mattos
Sax - Francisco de Paula
Trombone - Guilherme Giffone
Piston - Eli Pedro
Segunda voz - Lino Junior
Coral - Rossi Adriani, Rita Alves e Maria das Graças
Arranjos e regência - maestro Kleber Mattos
Masterização - PMCD Produções
Técnico de masterização - Raul Marçal
Maquiagem - Roberto de Souza
Fotografia e design gráfico - Daniel Marcelo PMCD Prod.

domingo, 25 de março de 2012

Vários artistas - Maximusica (LP Continental 1975)

Coletânea inclui nomes como Paulinho Nogueira, Carlinhos Vergueiro, Célia, e outros

Eis o exemplo de álbum com vários artistas que procura agradar a gregos e troianos. O resultado é uma mistura musical deliciosa que inclui pitadas de Paulinho Nogueira, Célia e Carlinhos Vergueiro no mesmo caldeirão em que se encontram Wilson Miranda, Martinha e Moacir Franco. E se você gosta de samba, a pedida é Agepê e Franco, sem contar dois destaques. O primeiro é o grupo gaúcho Almôndegas, do qual fez parte a dupla Kleiton e Kledir, com sua “Sombra fresca e rock no quintal”, uma delícia de ouvir. O segundo é o Fábio com sua emblemática “Adios San Juan de Porto Rico”. Esta música fez parte do repertório do show "Wanderléa Feito Gente", mas não foi incluída no disco ao vivo da cantora. Confira:

01 - Wilson Miranda - Tenho
..... (Antonio Marcos - Gabino Corrêa)
02 - Paulinho Nogueira - Simplesmente (O bem verdadeiro)
..... (Paulinho Nogueira)
03 - Célia - Camisa amarela
..... (Ary Barroso)
04 - Gilbert - Concerto para um amor
..... (Gilbert)
05 - Almôndegas - Sombra fresca e rock no quintal
..... (Zé Flávio)
06 - Maria Alcina - Beguini dodói
..... (João Bosco - Aldir Blanc)
07 - Agepê - Todo prosa
..... (Agepê - Canário)
08 - Martinha - Erros e defeitos
..... (Martinha - Milton Carlos)
09 - Fábio - Adios San Juan de Porto Rico
..... (Fábio - Joel Macedo)
10 - Moacir Franco - Barbara
..... (Moacyr Franco - Alberto Luiz)
11 - Carlinhos Vergueiro - Se cuide
..... (Carlinhos Vergueiro)
12 - Franco - Maravilhoso é sambar
..... (E. Pacheco - Jair Rodrigues)

sexta-feira, 23 de março de 2012

Terezinha Quental - Isto sim é hully gully (CS 1965)

Single da cantora Terezinha Quental traz hully gully no lado B e samba canção no A

Terezinha Quental... alguém conhece? Eu bem que gostaria de traçar algumas informações a respeito da intérprete deste raro compacto simples da Continental. No entanto, a cantora é tão desconhecida quanto as duas músicas deste disco, e nada encontrei a seu respeito na rede. Se você souber, por favor, informe nos comentários. Agradeço desde já. O single também não revela o ano do lançamento. Tudo indica - pela numeração do disco - que é de 1965, apesar de o áudio remeter a algo produzido entre 1960/1963, período de maior evidência do hully gully. Terezinha tem voz agradável, canta direitinho o hully gully, e se revela boa intérprete de samba canção. Confira:

01 - Meu abandono
..... (Amilcar Cerri - Luis Ellmerich)
02 - Isto sim é hully gully
..... (Osvaldo Aude - Terezinha Quental)

quinta-feira, 22 de março de 2012

Magazine (sem Kid Vinil) - Disco Mix 1987

Disco mix, com Pedro Eduardo no vocal, foi lançado em 1987 pela gravadora Continental

Depois da primeira postagem, contendo as gravações conhecidas do grupo, nada como ouvir este disco mix gravado em 1987 sem a participação do Kid Vinil. O single traz as músicas "Solte meu nariz" e "Nely, o elefante". A banda é formada por Pedro Eduardo no vocal e na guitarra base, Trinkão "King do swing" (bateria), Fabio Gaz (guitarra, vocal, sintetizador e programação) e Lu Stopa (baixo e vocal). Confira o disco:

01 - Solte meu nariz
..... (Fabio Gaz - Vadão)
02 - Nely, o elefante
..... (Butler - Hart - Magazine)

FICHA TÉCNICA

Estúdio: Transamérica
Assistente de estúdio: Beto, Pedro e Ricardo
Produção musical: Fabio Gaz
Técnico de editagem: Aquilino S. Filho
Supervisão de corte: Milton Araújo
Fotos: Paulo Vasconcellos
Maquiagem: Alice Sena de Lima
Direção de arte: Toshio H. Yamazaki
Arte final: Luiz Cordeiro

Magazine (com Kid Vinil) - Primeiras gravações

Primeiro álbum em CD trouxe a inédita "Professor apaixonado" e cinco bônus

Quem tem mais de 30 anos sabe bem quem foi a Magazine e deve cantarolar "Sou boy", "Tic Tic Nervoso", "A Gata Comeu", "Glub Glub No Clube" e outras que formavam a cena “rockabilly” da época, o início dos anos 1980. É pra essa galera o post duplo: o primeiro, contendo as primeiras gravações remasterizadas da banda, liderada pelo vocalista Kid Vinil. O segundo, um obscuro disco mix da banda, lançado em 1987 pela Continental, mas sem a partipação do vocalista famoso.

A banda lançou o álbum de estreia em 1983. Nele, o grupo resgatou "Adivinhão", de Baby Santiago, pérola do pioneirismo do rock brasileiro, visitou a Jovem Guarda com "Meu bem lollipop", "Não" e "O homem da moto", e caprichou na irreverência ao regravar "Fuscão preto", sucesso do Almir Rogério. O disco, quando lançado em CD, seduziu os fãs com uma faixa inédita - a regravação do rock "Professor apaixonado", sucesso do Nilton César - e mais cinco bônus (lançados em singles). O problema foi encontrá-lo a venda. Eu consegui comprar as faixas remasterizadas do disco em mp3 no Mercado Livre. Lá, o CD original está cotado hoje acima de R$ 100,00, e a qualidade do áudio é muito boa. Confira o post:

01 - Adivinhão
02 - Pau na marginal
03 - Não (Juventud twist)
04 - Meu bem lollipop (My boy lollipop)
05 - Tô sabendo
06 - Kid Vinil
07 - Casa da mãe
08 - Bilirubina
09 - Fuscão preto
10 - O homem da moto
11 - Sou boy
12 - Professor apaixonado (Inédita)
13 - Tic tic nervoso
14 - Atentado ao pudor
15 - Glube glube no glube
16 - Sapatos azuis
17 - Comeu

quarta-feira, 21 de março de 2012

Vários artistas - Juventude & Ritmo (LP RCA 1969)

Coletânea reúne nomes como Fábio, Elizabeth, Luiz Ayrão, Turma do Embalo e outros

A RCA Victor - que tinha no cast nomes como Antonio Marcos, Os Incríveis, Carlos Gonzaga, Vanusa, Waldirene, Os Caçulas e outros - segmentava seus títulos, como este que reúne novos talentos e nomes menos conhecidos do grande público.

Fábio, por exemplo, só ficou conhecido após gravar "Stella", hoje tão presente em sua carreira que a incorporou no sobrenome. Elizabeth, porém, só conseguiu fama após gravar "Sou louca por você" na Caravelle, após deixar a RCA. O principal destaque entre os intérpretes é Luiz Ayrão - conhecido na época por ser o autor da "Nossa canção", sucesso na voz do Roberto Carlos - que tentava firmar-se como cantor, mas só obteve sucesso a partir dos anos 1970, após passagem pela Jovem Guarda.

Confira o disco:

01 - Elizabeth - Tanto amor sem ter ninguém pra dar
..... (Elizabeth)
02 - José Ricardo - Preciso de você demais
..... (Roberto Corrêa - Sylvio Son)
03 - Fábio - Uma canção, eu e você
..... (Fábio - Betto Costa)
04 - Luiz Ayrão - Que vale a vida sem amor
..... (Luiz Ayrão)
05 - Marcio Alexandre - Pedrinha de gelo
..... (Márcio Alexandre - Almir Ricardi)
06 - A Turma do Embalo - Those were the days
..... (Raskin)
07 - Fábio - Stella
..... (Fábio - Paulo Imperial)
08 - A Turma do Embalo - Banho de sorvete
..... (Nenéo - Carlos Imperial)
09 - Elizabeth - Não me deixes nunca mais
..... (Elizabeth)
10 - José Ricardo - A palavra é você
..... (Welton Sant'ana)
11 - Márcio Alexandre - Alucinado por você
..... (Almir Ricardi - Márcio Alexandre - Jung Jacks)
12 - Luiz Ayrão - Três tempos
..... (Luiz Ayrão - Carlos Augusto)

terça-feira, 20 de março de 2012

Gilberto Lima com Os Brasas (LP Continental 1967)

Gilberto Lima se notabilizou como locutor e fez sucesso como cantor de Jovem Guarda

Ao ver este álbum do Gilberto Lima repostado pelo amigo Donso na Comunidade MC & JG, eu não resisti a tentação de colocá-lo no blog, aproveitando a possibilidade de incluir dois compactos do meu acervo como bônus, um lançado pela Continental (veja foto abaixo) e outro pela RCA Victor, ambos em 1968. Na verdade, o post original do LP na comunidade foi feito pelo amigo Bruno, mas o link venceu, daí a respostagem, atendendo ao pedido de outro companheiro, o Aderaldo. O meu agradecimento aos três, sem os quais não seria possível apresentar este LP, lançado pela Continental em 1967, graças ao sucesso que o intérprete fez no ano anterior com a música "Vai ser bom", também gravada pelo Mário Augusto. No disco, o cantor é acompanhado pelo grupo Os Brasas, hoje cultuado por muita gente. Destaque para as faixas "Juazeiro", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, e "O chorão", de Luiz Kelly e Edson Mello, mais conhecida na voz do Paulo Diniz.

Gilberto Lima nasceu na cidade mineira de Varginha em 23 de dezembro de 1942. Iniciou a carreira numa emissora de sua cidade, a Sociedade Rádio Clube de Varginha, no programa infantil chamado "Petizada Alegre", atração que também revelou outro talento conhecido, o cantor Sílvio Brito. Além da apresentação do programa, Gilberto fazia a locução de vários comerciais dos patrocinadores: Palácio do Lar, Café Dubom, Pastifício Santa Maria e Macarrão Cristal. Ainda jovem foi para São Paulo e conseguiu ser contratado pela Rádio Piratininga. Foi nessa época que se aventurou a cantar, fazendo relativo sucesso, mas desistiu da carreira de cantor, pois o seu negócio era trabalhar com locução.

Ele trabalhou com Sílvio Santos na Rádio Nacional. Em 1977, tornou-se narrador das grandes reportagens do programa "Fantástico", da Rede Globo, e foi casado com a cantora Bárbara Martins. Gilberto Lima era epiléptico, tomava remédio controlado e morava sozinho num apartamento próximo a Rádio Globo no Rio de Janeiro. Em 17 de agosto de 1983, os companheiros da emissora começaram a se preocupar porque ele não chegava ao local de trabalho. Todos passaram a procurá-lo. Logo depois tiveram a notícia do falecimento, causado por asfixia. Estava dormindo e teve uma convulsão. Morreu aos 40 anos, no auge da carreira.

Confira o disco:

01 - Terezinha
..... (Carlos Imperial)
02 - Dê-me um beijo
..... (Adamberry - Adamberry - vs: Carlos Vidal)
03 - Mantenha distância
..... (Luiz Alcides)
04 - Vai ser bom (Ça serait beau)
..... (Frank Gerald - R. Anthony - vs: Sérgio de Freitas)
05 - Juazeiro
..... (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
06 - Semente de amor
..... (Dias - Norberto de Freitas)
07 - O chorão
..... (Luiz Kelly - Edson Mello)
08 - Você é demassss
..... (Gilberto Lima - Carlos Vidal)
09 - Caminhando
..... (D. Gibson - vs: Sergio de Freitas)
10 - Amigão
..... (Elliot)
11 - Playboy fajuto
..... (Dora Lopes - José Hélio)
12 - Faça um verso para minha melodia
..... (J. Maia)

BÔNUS

Compacto simples - 1968 - Continental

01 - Vovó não tem (Les Moustaches)
..... (G.Gustin - M. Téze - vs: Gilberto Lima)
02 - Amor a três
..... (Geraldo Nunes - Cláudio Fontana)

Compacto simples - 1968 - RCA VICTOR

01 - Pureza
..... (Osmar Navarro)
02 - Eu não sei (Yo no se)
..... (A. Manzanero - Vs: Luiz Augusto)

segunda-feira, 19 de março de 2012

Elizabeth - Olhos da Noite (LP Polydor - 1978)

Último álbum da Elizabeth revela uma intérprete e compositora muito mais amadurecida

Sabe aquele disco que a gente toca e não gosta do que ouve em sua primeira audição? Foi o que aconteceu comigo ao ouvir o álbum "Olhos da noite", lançado em 1978 pela cantora e compositora Elizabeth na gravadora Polydor (Philips). Lembro-me que gostei da capa, mas fiquei decepcionado com a morosidade das melodias, e tive a sensação de que não sabia distinguir uma música da outra, como se todas fossem a mesma. Exceção seja feita para o belo fado "A mulher" (Segundo as Três Marias), composta pela artista em parceria com o saudoso Sérgio Bittencourt, filho de Jacob do Bandolim. O desapontamento aconteceu porque estava acostumado a ouvir seus grandes sucessos comerciais, como "Pra começo de assunto", "Não há luar nem céu bonito", "Vida agitada", "Eu amo e não sou correspondida", "Sou louca por você" e outros, como os quatro deliciosos sambas do compacto duplo lançado em 1974 na Odeon.

No entanto, a partir da segunda audição, à medida em que fui ouvindo cada faixa, talvez na tentativa de achar que a compra não foi um desperdício, a minha opinião sobre o álbum foi mudando. Hoje, sem dúvida, considero o melhor disco da cantora, que atingia na época a maturidade como intérprete e autora. Para se ter ideia, Elizabeth reuniu 50 músicas inéditas para selecionar as 12 do disco, todas com letra e música de sua autoria, com exceção da citada acima e da "Covarde e violento", em parceria com Alberto Land, conforme informa o press release que veio acompanhado com o exemplar do disco que comprei. A cópia do material de divulgação, com três páginas ilustradas, poderá ser acessada na pasta com áudio e fotos (como a do lado) para download. "Nos meus trabalhos anteriores predominavam mais as músicas comerciais. Não que tenha mudado de linha, mas houve um amadurecimento natural. Meu público também cresceu comigo", explica ela sobre o disco.

O resultado é este bonito álbum, muito bem produzido e gostoso de ouvir, com bolero, marcha rancho e samba canções. Em contrapartida, o disco não teve a mínima repercussão e ficou empoeirado nas prateleiras, talvez por ter sido lançado na época em que a galera estava mais interessada em cair na gandaia e curtir os embalos de sábado à noite. Foi também, pelo que tenho conhecimento (e me corrijam se estiver enganado), o último disco da cantora, que no ano anterior tinha retomado a carreira após afastamento causado pelo matrimônio. O press release informa que o afastamento foi em 1971. Na verdade, Elizabeth gravou até 1974, e voltou ao estúdo em 1977 para registrar na Polydor um compacto simples que antecedeu o lançamento deste álbum. O single, que acompanha o post como bônus, traz as músicas "Ando louca por você" e "Ou eu mato a saudades ou a saudade me mata".

Elizabeth Sanchez, uma bela carioca, teve sua carreira musical lançada pela gravadora Continental em 1966 como cantora de MPB.
Lá, "apadrinhada" pelo compositor Braguinha, começou a cantar sambas e gravou o LP "A canção que chegou". No repertório, destaque para "Pedro pedreiro", do novato Chico Buarque. É um disco - veja capa ao lado - que gostaria de ouvir e ficaria imensamente agradecido se alguém puder disponibilizá-lo para o blog. Após a passagem pela gravadora, Elizabeth gravou compactos na RCA, mas o grande sucesso aconteceu na Caravelle, onde lançou o hit "Sou louca por você", que lhe rendeu um disco de ouro. Os dois primeiros LPs - "Eu, Elizabeth" (Caravelle) e "Quero ver de perto" (RGE) também foram gravados em castelhano - porque Elizabeth fez muito sucesso no México, Portugal, Angola e em outros países. Gravou um terceiro álbum na Odeon e este quarto na Polydor, além de compactos simples e duplos. Abandonou a carreira e deixou um rastro de saudades em seus fãs. Confira:

01 - De vez em quando
(Elizabeth)
02 - Quem dera
(Elizabeth)
03 - Meu bar
(Elizabeth)
04 - Em partes iguais
(Elizabeth)
05 - Portões fechados
(Elizabeth)
06 - Teia de aranha
(Elizabeth)
07 - A mulher (Segundo as Três Marias)
(Elizabeth - Sérgio Bittencourt)
08 - Covarde e violento
(Elizabeth - Alberto Land)
09 - Olha mãe
(Elizabeth)
10 - Altos e baixos
(Elizabeth)
11 - Dez e dez
(Elizabeth)
12 - Tolices
(Elizabeth)

FICHA TÉCNICA

Estúdio: Phonogram
Direção artística: Pedro da Luz (Pedrinho)
Direção de produção: Ronaldo Corrêa
Técnicos de gravação e mixagem: Jairo Gualberto e João Moreira
Auxiliaresde estúdio: Rafael, Julinho e Rui
Corte: Ivan Lisnik
Capa: Aldo Luiz
Arte Final: Arthur Fróes
Fotos: José Maria de Mello

BÔNUS - COMPACTO SIMPLES - 1977

01 - Ando louca por você
..... (Elizabeth - Bentana)
02 - Ou eu mato a saudade ou a saudade me mata
..... (Elizabeth)

domingo, 18 de março de 2012

Márcio Greyck - Pés no chão e coração nas nuvens

LP do Márcio Greyck, produzido por Durval Ferreira, foi lançado em 1987 pela Tropical

Eis um obscuro álbum do Márcio Greyck, lançado em 1987 pelo desconhecido selo Tropical. Acredito que este LP deve ser renegado pelo próprio cantor e compositor. Não existe uma única referência sobre o mesmo na discografia e na biografia disponíveis no site do artista. O disco, porém, não é merecedor deste tratamento, pois segue o mesmo padrão dos anteriores, com boa produção, arranjos bem feitos e repertório predominantemente romântico. Exceção seja feita para a faixa-título "Pés no chão e coração nas nuvens", que gostei muito. Além disso, o artista mantém o nível de bom intérprete, e traz no repertório canções que poderiam emplacar, caso divulgadas.

Mineiro de Belo Horizonte, onde passou a infância e a adolescência, Márcio gravou o primeiro disco na Polydor, em 1967, um compacto simples com uma versão de "Eleanor Rigby" (“Minha Menina”), de Lennon e McCartney, e também sua primeira composição “Venha Sorrindo”, seguindo uma série de três Lp’s. Ao mesmo tempo assina contrato exclusivo com a TV Tupi, após ter se apresentado no famoso programa de Bibi Ferreira, dirigido por Péricles Leal e Roberto Jorge, e passa a atuar em todos os programas musicais daquela emissora, inclusive apresentando o seu próprio programa (O mundo é dos jovens) ao lado da cantora Sandra na extinta TV Tupi de São Paulo, cantando e gravando canções dos Beatles. O cinema também o descobriu e participou de dois filmes: "Em ritmo jovem" e "O amor em quatro tempos".

O grande sucesso só ocorreria no início dos anos 70, agora contratado da CBS (Sony Music), onde grava “Impossível acreditar que perdi você”. Na sequência, outro hit: “O mais importante é o verdadeiro amor”, seguido de outros sucessos como “O infinito”, “Quando me lembram você” e “Não sei onde te encontrar”. Como autor, Márcio tem canções gravadas por vários artistas, inclusive por Roberto Carlos, que incluiu “Tentativa” e “Vivendo por viver” em seu repertório. Outro grande êxito fonográfico aconteceu em 1981, quando voltou aos estúdios e gravou “Aparências”, de Cury e Fatha, originalmente composta para Roberto Carlos, que não a aproveitou. Sorte do Márcio, pois o sucesso atravessou fronteiras e resultou em discos gravados em espanhol. Em 1983, participa do 23º Festival Internacional de Vinã del Mar no Chile e ganha o troféu (Gaviota de Plata ) com a canção ("Yo te agradezco") de Mauricio Duboc e Carlos Colla.

Em 1984, segundo relato em seu site, o cantor - "totalmente desmotivado" - decidiu parar com tudo e se isolou em seu sitio em Saquarema. Só recuperou a motivação em 1997, quando lançou pelo selo Albatroz o CD "No tempo, no ar e no coração" (veja foto acima), título de uma canção de sua autoria em parceria com Paulo Sérgio Valle. Na verdade, como comprova o post, houve o lançamento deste álbum nesse período sabático, e talvez pela desmotivação não se deu ao trabalho de divulgá-lo. Ele também figura em 2003 como compositor e produtor na trilha sonora da novela “Malhação", da TV Globo, em parceria com o seu filho caçula "Bruno Miguel" que a interpreta, chamada "Faz assim". Participa, ainda, do CD “O pulo do gato”, produzido por Leno, cantando “Uma palavra amiga” (sucesso de Roberto Carlos) em homenagem ao compositor Getúlio Cortes. Márcio recebeu recentemente das mãos de Silvio Santos a coroa de prata no programa “Rei Majestade”, do SBT, e se mantém na ativa, cantando e revivendo os seus grandes sucessos. Enquanto isso, ouça este disco que, para muitos, terá sabor de "inédito":

01 - Põe um beijo em minha boca
..... (Ed Wilson - Cury)
02 - Amante solidão
..... (Márcio Greyck - Ary de Assis)
03 - Essa mulher
..... (Márcio Greyck - Ary de Assis)
04 - Sim
..... (Márcio Greyck - Carlos Colla)
05 - Depois se vá
..... (Nenéo)
06 - Pés no chão e coração nas nuvens
..... (Márcio Greyck - Carlos Colla)
07 - Quem é ela?
..... (Fernando Adour - Ricardo Magno)
08 - Será que ela pensa em mim?
..... (Márcio Greyck - Ary de Assis)
09 - Desencontro
..... (Nenéo)
10 - Um tempo
..... (Ed Wilson - Carlos Colla)

sábado, 17 de março de 2012

Djalma Lúcio - Eu e tu (Compacto simples - 1968)

Carreira do Djalma Lúcio está associada a sua participação no Programa Silvio Santos

Desconfio que este disco do Djalma Lúcio, lançado pela RCA Victor em 1968, despertará a atenção e curiosidade de muitos visitantes. O motivo é um só: ele é figura conhecida, graças a sua presença por anos a fio no Programa Silvio Santos, participando dos quadros "Os galãs cantam e dançam aos domingos", "Qual é a música" e outros do SBT. Mas quase ninguém conhece o seu repertório. Você, por exemplo, seria capaz de citar e cantarolar uma ou duas canções gravadas por ele? Acredito que não. Ao longo da carreira, iniciada no início dos anos 1960, Djalma só obteve destaque com uma música: "O que passou, passou", gravada em 1971, e mesmo assim não se pode dizer que foi um hit. Segundo consta, ele teria 14 discos no currículo, entre compactos e LPs, mas não posso garantir que os dados sejam corretos.

O mais interessante é que Djalma tinha tudo para se transformar num grande ídolo: boa pinta e grande intérprete, assim como Agnaldo Rayol. Mas não foi assim. Entendo que, entre outras razões, sua carreira não deslanchou justamente por essa associação com o homem do baú. Se, de um lado, o contrato com Silvio Santos lhe garantiu visibilidade na TV (leia-se SBT), segurança financeira e comodidade, de outro, tolheu a possibilidade de ele alçar voos mais ambiciosos, como investir na carreira de ator, por exemplo, como muitos cantores de sua geração fizeram. Talento e carisma não lhe faltaram, assim como voz bonita e privilegiada, como se pode constatar neste disco. Confira:

01 - Eu e tu
..... (Evaldo Gouveia - Jair Amorim)
02 - Primeira estrela que vejo
..... (Fred Chateaubriand - Vinicius de Carvalho)

sexta-feira, 16 de março de 2012

Gato, ex-The Jet Black's, em raro disco solo

Gato gravou um compacto simples pela RCA, mas seria ele o intérprete dos discos abaixo?

Fãs do grupo The Jet Black´s devem se lembrar do José Provetti, mais conhecido pelo apelido, Gato, por sua performance como solista de guitarra e tecladista. Ao ver o único LP, intitulado "O pulo do gato", que o instrumentista gravou pela RCA em 1967, postado no excelente blog La Playa Music, do amigo Hedson, lembrei-me do compacto simples que ele lançou nesse mesmo ano. O single contempla duas músicas autorais: "Dor de cotovelo" (em parceria com E.P.Neto) e "Pernacchia". Antes, porém, Gato já tinha deixado sua marca num 45 RPM gravado no selo Young, do Miguel Vaccaro Neto, a primeira gravadora no Brasil dedicada exclusivamente ao público jovem.

As referências discográficas que encontrei na rede sobre o instrumentista se resumem nestes três discos, além das gravações realizadas com o The Jet Black's. A coisa se complica diante de outros dois compactos simples, um de 1972 e outro de 1973, lançados por Gato - seria homônimo? - na gravadora Continental. Quando os comprei, num sebo em Sampa, logo imaginei que seriam do ex-componente do The Jet Black´s e do RC-7 (sim, o Gato tocou na banda do rei), pois os compositores - Getúlio Côrtes, Nenéo e Rossini Pinto - são da turma da Jovem Guarda, e conviveram com o músico, que deixou de trabalhar com Roberto Carlos no período dessas gravações. Tudo conspirou para que eu acreditasse nisso. A dúvida sobre a identidade do Gato em questão surgiu quando coloquei o disco pra tocar. Eu, que imaginava ouvir instrumental, me deparei com um cantor de boa extensão vocal. Nunca li qualquer referência sobre essa qualidade do guitarrista. Afinal, quem é este Gato?! É o mesmo do The Jet Black's? Quem souber, por favor, esclareça a dúvida nos comentários. Agradeço desde já.

O músico José Provetti nasceu em Valparaíso (SP) em 07 de janeiro de 1941, filho de pais lavradores (Ricardo Provetti e Antonia Buonvonatti). Em 1948, A familia mudou-se para a capital paulista, onde estudou violão. No inicio dos anos 60, J.Provetti era DJ na rádio Piratininga e após ter gravado o disco na Young, foi convidado pelo baterista Jurandy Trindade para assumir a lead guitar dos The Vampires (posteriormente os Jet Black's). Gato tocou na banda até sair em 1966, sendo substituido pelo não menos competente Emilio Russo (ex-The Lions). Morreu em 31 de janeiro de 1996, vitimado por sequelas de um derrame cerebral, e foi sepultado no cemitério do Cajú (Rio). Seu funeral foi custeado pelo Roberto Carlos num gesto de reconhecimento ao músico que o apoiou quando formou o RC-3 e o RC-7. Confira o post:

01 - 1967 - Dor de cotovelo
..... (J. Provetti - E.P.Neto)
02 - 1967 - Pernacchia
..... (J. Provetti)
03 - 1972 - Tchau, tchau Maria (Ciao Maria)
..... (Mya Simille - Michael Delancray - Eric Charden - vs: Rossini Pinto)
04 - 1972 - Faça o pelo sinal
..... (Sandro Tavares)
05 - 1973 - Você não tem nada pra mim
..... (Nenéo)
06 - 1973 - Deixa tudo como estava
..... (Getúlio Côrtes)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Luiz Américo - Filho da véia e outros hits (1988)

Principais sucessos em versões remasterizadas do Luiz Américo estão nesta coletânea

Optei por postar este álbum com 12 sucessos remasterizados do Luiz Américo por consequência da demanda do compacto que o cantor lançou em 1968 e que, pra minha surpresa, figura ainda entre os mais populares do blog. A coletânea, lançada em vinil em 1988 e relançada em CD em 1995, cobre as gravações realizadas ao longo dos anos 1970. Foi o período de grande popularidade do cantor que iniciou a carreira como calouro do Programa Silvio Santos. Se você curte samba de primeira qualidade, Luiz Américo é um prato cheio pra ninguém reclamar. Confira:

01 - Filho da véia
..... (Luiz Américo - Braguinha)
02 - Na hora da sede
..... (Luiz Américo - Braguinha)
03 - Tá com Deus ou tá com nada
..... (Luiz Américo - Braguinha)
04 - Fim de prosa
..... (Luiz Américo - Braguinha)
05 - Carta de alforria
..... (Américo - Braga)
06 - Camisa 10
..... (Hélio Matheus - Luiz Vagner)
07 - Desafio
..... (Luiz Américo - Braulio de Castro - Clovis de Lima)
08 - Na casa da Tia Ciata
..... (Artulio - Monalisa)
09 - Tanto amor jogado fora
..... (Dora Lopes - Mathuzalém)
10 - Ninguém põe a mão
..... (Dora Lopes - Jean Pierre)
11 - Casa cheia
..... (Américo - Carvalho)
12 - Samba sem bandeira
..... (Luiz Américo)

FICHA TÉCNICA

Direção artística: Wilson Souto Jr.
Seleção de repertório: Waldyr Santos
Técnico de editagem: Nivaldo Roberto M. Gualassi
Supervisão de corte: Milton Araújo

quarta-feira, 14 de março de 2012

Luiz Fabiano - Singles & Raridades (Coletânea)

Coletânea reúne músicas lançadas entre 1967 e 1978 em 11 compactos simples e um duplo

Aqui está uma coletânea que, com certeza, agradará a muitos fãs do saudoso Luiz Fabiano. A seleção reúne músicas de 11 compactos simples, incluindo os dois primeiros lançados pela Odeon, e um duplo, somando 26 canções, gravadas entre 1967 e 1978. Destaques para as versões de "That´s what I want" (sucesso do The Square Set) e "Toast and marmalade for tea" (hit do Tin Tin), além da regravação de "Trepa no coqueiro" (sucesso da Carmélia Alves e também regravada por Ney Matogrosso). Deixei de lado as músicas, lançadas em compactos, mas que se encontram em LPs, para comportar os 80 minutos do CD. Ficaram de fora os sucessos "Meu bem, ao menos telefone" e "Eu digo, digo", por exemplo. São músicas presentes em seu primeiro LP, que pode ser baixado no blog Momentos Mágicos.

O seu nome de batismo - Jayr Rodrigues - já era famoso quando decidiu ingressar na carreira artística ao participar, em 1966, do II Festival da Música Popular Brasileira da TV Excelsior. Era a época em que atuava como crooner da orquestra de Silvio Mazzuca. Por conta disso, optou por Luiz Fabiano quando, pelas mãos do Tony Campello, gravou na Odeon seu primeiro disco em 1967: um compacto simples com "Não adianta brigar" e "25 horas por dia", ambas de sua autoria. Ainda gravou outro single na Odeon em 1968, e seu nome começou a ganhar destaque como compositor porque nesse ano Roberto Carlos gravou "Você me pediu". No entanto, como intérprete, o sucesso viria a acontecer em 1969, agora na gravadora Beverly, com "Meu bem, ao menos telefone" e "Eu digo, digo". Em 1971 trocou a Beverly pela Continental e obteve muito sucesso em 1973 com a música "Quando anoitecer", versão da cantora Lilian Knapp para o sucesso francês "Le Lundi Au Soleil". Esta canção estourou em todo o Brasil e marcou a carreira de Luiz Fabiano como o seu último grande sucesso radiofônico.

Luiz Fabiano comandou o programa "Fascinação - São Paulo de Todos os Tempos", na Rádio Cidade AM 1.370 khz (SP) nas manhãs de domingo, com a direção do Neno (ex-The Jordans). Lançou em 2006 um CD (seu último trabalho) intitulado "De todos os tempos". "Meu Bem ao Menos Telefone", "Você me Pediu" e "Tributo ao Rei" são os destaques desse disco (veja foto ao lado), que nunca encontrei a venda. Se alguém tiver, e puder disponibilizar para o blog, eu ficaria muito grato. Foi nesse período que se apresentou no Programa Rei Majestade, do apresentador Sílvio Santos. No ano seguinte, após divulgar o CD, foi trabalhar no gabinete do vereador e cantor Agnaldo Timóteo (PR). No final de 2008, Luiz Fabiano afastou-se do trabalho por doença. A partir de então, passou a viver hospitalizado, e faleceu em 18 de dezembro de 2009, aos 67 anos, vítima de câncer, deixando um interessante legado musical. Confira:

01 - Não adianta brigar - 1967
..... (Luiz Fabiano)
02 - 25 horas por dia - 1967
..... (Luiz Fabiano)
03 - Eu amo, amo - 1968
..... (Norman Cord - Nilton Ramos)
04 - Se você se arrepender - 1968
..... (Luiz Fabiano)
05 - Oh! Deus - 1970
..... (Deny)
06 - Tenho pena do meu coração - 1970
..... (Luiz Fabiano)
07 - Clube atômico - 1971
..... (Alf Soares - Wagner Tadeu Benatti)
08 - Meu sonho é você - 1971
..... (Luiz Fabiano)
09 - Só seu amor (That´s what I want) - 1971
..... (Carter - Lewis - vs: Marcel Link)
10 - Pão e mel para o meu chá (Toast and marmalade for tea) - 1971
..... (Steve Groves - vs: Nazareno de Brito)
11 - Musa - 1972
..... (Luiz Fabiano)
12 - Maria cheia de graça - 1972
..... (Luiz Fabiano - Lary Coutinho)
13 - Não vou deixar você sozinha (Trop belle pour rester seule) - 1973
..... (Daniel Vangarde - Claude - Jean Schimitt - vs: Lilian Knapp)
14 - Amor de brincadeira - 1973
..... (Mário Gabriel - Antonio Queiróz)
15 - Meu filho volte pra casa - 1973
..... (Luiz Fabiano)
16 - Quando anoitecer (Le lundi au soleil) - 1973
..... (Patrick Juvet - Frank Thomas - Jean Michel Rivat - vs: Lilian Knapp)
17 - O encontro marcado - 1974
..... (Luiz Fabiano - Fernando Falcon)
18 - Tudo o que você pedir eu dou - 1974
..... (Luiz Fabiano - Fernando Falcon)
19 - Trepa no coqueiro - 1975
..... (Ary Kerner)
20 - Pingo d'água - 1975
..... (Raul Torres - João Pacífico)
21 - Não posso trabalhar - 1976
..... (Luiz Fabiano - Jean Pierre)
22 - Boiadeiro, sim senhor - 1976
..... (Cigano Delmo)
23 - Sou eu - 1978
..... (Luiz Fabiano - Jean Pierre)
24 - Eu preciso tanto de você - 1978
..... (Luiz Fabiano)
25 - Você já não gosta mais de mim - 1978
..... (Luiz Fabiano)
26 - Onde anda você - 1978
..... (Luiz Fabiano - Lee Marcos)

terça-feira, 13 de março de 2012

Conj. Ponta Porã - Y que lo demás vaya al infierno

Disco de 1966 traz curioso tango em versão espanhola de "Quero que vá tudo pro inferno"

Hoje foi um daqueles dias corridos. Só agora, quase na virada para quarta-feira, consigo marcar ponto no blog. O post é um daqueles que guardo na gaveta para emergência (rs) como a de hoje. Trata-se de uma curiosidade. Ao ver este compacto no sebo, cuja etiqueta com letras praticamente desaparecidas pela ação do tempo, graças a má qualidade do papel e da tinta de impressão usada pela gravadora Continental, eu mal consegui ler os nomes das duas músicas. Juntando uma palavra aqui e outra ali, num exercício de adivinhação, constatei que se tratava no lado A de um tango na versão em espanhol de "Quero que vá tudo pro inferno", hit do Roberto Carlos, gravado pelo Conjunto Ponta Porã. Fiquei curioso, comprei, e apresento aqui.

Tive que editar as duas etiquetas acima para torná-las legíveis. Eu só consegui preencher os dados necessários porque encontrei o compacto a venda no Mercado Livre. Até copiei a imagem da capa (na foto ao lado) ilustrada no anúncio, pois meu disco veio com genérica. O mais curioso é que, sem planejar, este disco (número 424) foi produzido na sequência do compacto do Luiz Wanderley (número 423), postado abaixo. Uma coincidência sem explicação. Aproveitei e fiz uma pesquisa na rede para saber algo mais sobre o Conjunto Ponta Porã. Nada encontrei sobre o grupo, mas me deparei até com LPs gravados, mostrando que não é tão desconhecido como imaginava. Se alguém souber algo sobre os músicos e puder informar nos comentários, eu agradeço desde já.

01 - Y que lo demás vaya al infierno (Quero que vá tudo pro inferno)
..... (Roberto Carlos - Erasmo Carlos - vs: Hermínio Gimenez)
02 - Chalana
..... (Mário Zan - Arlindo Pinto - vs: Hermínio Gimenez)


segunda-feira, 12 de março de 2012

Luiz Wanderley - Mundo louco (single - 1966)

Luiz Wanderley, na foto em capa meramente ilustrativa, fez sucesso nos anos 50 e 60

Esta postagem atende ao pedido de um "Anônimo". Trata-se de exceção porque quero fazer um comunicado. Decidi, diante do que vejo e leio em outros blogs, não responder e nem atender mais a nenhum oculto. E olha que já atendi por e-mail a pedidos de anônimos que solicitaram músicas e álbuns não postados no blog. Fiz isso com satisfação, mas a recíproca nem sempre é verdadeira. A maior parte sequer dá retorno, como se fosse minha obrigação. Pensei bem sobre o assunto e conclui que, se alguém se manifesta, seja com opinião, crítica ou pedido, que o faça abertamente, sem se esconder nas facilidades e comodidades que o anonimato oferece. Apresente-se - caso não queira dar o nome verdadeiro - com um pseudônimo, como muitos fazem. Não importa. Respeito a decisão.

Acenei até com a possibilidade de seguir a tendência de limitar o acesso ao blog apenas para os seguidores, mas descartei a ideia, pelo menos por enquanto. Ignorar os anônimos é o primeiro passo. O segundo, só o tempo dirá. Sim, eu sei que posso, ao adotar esta postura, ser interpretado como arrogante, mal educado, chato, egoísta e etc, mas me reservo no direito de saber a quem me comunico. Certa ou errada - a decisão é minha e respondo por ela.

Quanto ao Luiz Wanderley, hoje lamentavelmente desconhecido do grande público, fez parte da minha infância com as suas músicas. Lembro-me que, ainda moleque na rua, prestes a entrar no grupo escolar em 1960, ouvia meu vizinho tocar insistentemente na vitrola o hoje clássico "Baiano burro nasce morto". Até decorei o refrão: "O pau que nasce torto/Não tem jeito morre torto/Baiano burro garanto que nasce morto". Nem sabia o nome do intérprete, mas gostava do que ouvia. Muito tempo depois, num programa de TV, passei a conhecê-lo. Foi nessa época que ouvi "Mundo louco", o "iê-iê-iê" deste compacto lançado em 1966 pela Continental, que teve relativa repercussão e nem a coloco como referência para qualificar sua obra. O disco tem outro significado: mostra que Luiz Wanderley não se prendeu a estilo único. Gravou forró, baião, rock, jovem guarda, samba rock, samba de breque e outros. Além de cantar, também compunha. Se você curte Tim Maia, saiba que é dele, em parceria com João do Vale (outro esquecido, autor de "Carcará"), a criação do hit "Coroné Antonio Bento".

Luiz Wanderley de Almeida, seu nome completo, nasceu na cidade de Colônia de Leopoldina, no estado das Alagoas, em 27 de janeiro de 1932, e morreu em 19 de fevereiro de 1993 em Rio Tinto, na Paraíba, onde foi sepultado. Aperfeiçoou sua vocação pela música aos l6 anos. Entusiasmado pela originalidade da música nordestina, rumou para o Rio de Janeiro, a fim de tentar a carreira artística. Na cidade maravilhosa, entre outras coisas, foi também alfaiate. Fez sua estreia em disco em 1952, pela gravadora Star, com o samba "O palhaço chegou", de Rosângela de Almeida e Enzo Passos. O grande sucesso foi mesmo "Baiano burro nasce morto", de Gordurinha, lançado em 1959. Baixe o LP (na foto acima), postado no blog Forró em Vinil.

Em pesquisa na rede, me deparei com a referência de Roberto Torres na obra "Gordurinha: Baiano Burro Nasce Morto" (2ª ed. 2009) sobre esta música: "Transformou-se numa seta que atingiu de cheio o alvo dos preconceitos a que eram - e ainda são - submetidos os imigrantes nordestinos que viviam nas principais metrópoles do país: Rio de Janeiro e São Paulo", afirma o autor na página 67. E ainda observa: "E foi justamente por este motivo, que - ao ser lançada - “Baiano Burro Nasce Morto” pegou por inteiro, de surpresa o país. Até então, nunca na música brasileira uma voz nordestina - nem mesmo a do Rei do Baião - havia se sublevado neste sentido para defender a dignidade e auto-estima de seu povo com tanta autoridade". Confira, agora, uma das passagens do cantor pela Jovem Guarda:

01 - Mundo louco
..... (Luiz Wanderley - Julio Ricardo)
02 - A lenda do lobisomem
..... (Luiz Wanderley)